Começou bem

Mais uma da newsletter da revista Você S/A. Muito legal nesta matéria é ver como as mudanças estruturais da organização influenciam diretamente na percepção que os acionistas tem da empresa, o que torna ainda mais relevante o papel da comunicação com este público, ressaltando a presença do profissional de Relações Públicas com os investidores, algo ainda tímido no país.

Maior fabricante de papéis do país aposta em executivos da casa para tocar projetos de expansão

A Klabin, maior fabricante e exportadora de papéis do país, optou por uma alternativa caseira para suceder Miguel Sampol, o espanhol naturalizado brasileiro que comandava a empresa havia seis anos. O novo diretorgeral da organização, Reinoldo Poernbacher, de 65 anos, escolhido pelas famílias Klabin e Lafer, controladoras da companhia, causou uma impressão positiva no mercado. Um mês depois do engenheiro, que fez carreira na empresa, assumir o cargo, a valorização das ações da Klabin na Bolsa de Valores de São Paulo foi de 24,32%.

Mesmo a queda dos lucros em 53% no primeiro trimestre, anunciada no mês passado, reflexo da queda do dólar e dos investimentos na ampliação da fábrica de Monte Alegre (PR), não abalou a imagem da empresa, que fatura 3 bilhões de reais por ano. As ações ficaram estáveis no dia em que o balanço veio a público. As perspectivas são boas, por causa da nova operação e da redução de custos com uma nova geradora de energia, diz Rogério Zarpao, analista da área de papel e celulose do Unibanco, de São Paulo.

A entrada do novo diretor-geral foi acompanhada de mudanças na estrutura organizacional. Um nível inteiro de comando foi excluído. Todos os quatro diretores-gerentes de unidades de negócio foram eliminados do organograma. Os diretores de finanças, Ronald Seckelmann, e de comunicação e responsabilidade social, Wilberto Lima Junior, foram demitidos. O enxugamento é para dar mais rapidez às decisões, diz Rogério, do Unibanco.

O NOVO CHEFE
O engenheiro catarinense Reinoldo está na empresa desde 1994 e ocupava a diretoria de negócios florestais desde julho de 2004. A área vai receber boa parte dos investimentos para, em dez anos, aumentar a produtividade em 50%, passando a 3 milhões de toneladas de papel por ano. Reinoldo participou da reestruturação financeira e mercadológica da empresa, entre 2002 e 2003, quando a Klabin se desfez de diversos negócios. Em um setor de poucas empresas de grande porte, dificilmente haveria um executivo com o mesmo nível de conhecimento das operações, diz Leonardo Alves, da Link Investimentos, em São Paulo.

As operações do grupo foram centralizadas na mão do novo diretor executivo da área, Paulo Petterle, também oriundo dos quadros da empresa. Outros dois diretores executivos foram nomeados: Antonio Sergio Alfano, de planejamento e finanças, e Francisco Razzolini, de tecnologia e suprimentos. Isso faz parte de um esforço que começou na gestão do Miguel para centralizar a gestão, simplificar processos e reduzir custos, diz um executivo recém-saído da Klabin. A nova equipe de executivos tem uma importante tarefa pela frente, que é reduzir o impacto da queda do dólar no faturamento. Hoje, 28% das vendas vão para o mercado internacional.

Link: http://vocesa.abril.com.br/edicoes/0119/aberto/informado/mt_278063.shtml

Postado por: Ramon Fernandes

This entry was posted on sexta-feira, 23 de maio de 2008 and is filed under . You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0. You can leave a response.